Vários fatores fazem com que uma ampla literatura nacional e estrangeira volte sua atenção para a juventude (14 a 24 anos), apontando suas características sociais, culturais, psicológicas, comportamentais e laborais. No processo de transição da infância (dependência e estudos) até a idade adulta (autonomia e trabalho) tem papel fundamental o processo de inserção no mercado de trabalho, pela incidência que tem em todas as demais transições próprias da juventude e de modo especial na vida do jovem e da sociedade. As profundas alterações do processo produtivo estão exigindo um profissional multiqualificado e de empregabilidade multifacetada. A profissionalização do jovem é um tema relevantíssimo na atual conjuntura, quando se trata de sua inserção em um mercado altamente competitivo e exigente quanto às capacidades requeridas. A formação profissional não cria emprego, mas ajusta a oferta à demanda de qualificação, elevando a empregabilidade e contribuindo para aumentar o potencial de inserção no mercado de trabalho, com efeitos positivos para o jovem na procura ou reprocura de emprego. A existência de importante número de jovens desempregados não é algo neutro, porque implica diversos custos que conspiram contra uma estrutura ocupacional moderna, com reflexos nos campos social, cultural e político. Justifica-se o estudo sobre trabalho e profissionalização do jovem.