Recomendável aos interessados em ampliar sua visão sobre as mudanças climáticas e sobre a "comoditização" de uma economia em processo de desindustrialização como a brasileira, o livro descortina a presença do capitalismo amarelo na Amazônia Continental. Escrito para todo aquele que queira saber o que acontecerá em sua casa, se a do vizinho pegar fogo, avisa: essa periferia verde da periferia não tem o direito de ser queimada nem desertificada. Para que os debates sobre a mitigação das mudanças climáticas desfrutem de maior espaço na agenda continental, Subdesenvolvimento Sustentável em sua quinta edição converge as seguranças humana, ambiental, alimentar e energética para novos eixos da análise das relações internacionais. Esforçando para recuperar valores da subversão contra a ordem vigente sepultados pelos intelectuais orgânicos e pelo oportunismo, o desiderato da análise - a começar pela eliminação do apartheid social - é contribuir para a conscientização de uma sociedade que ainda não aprendeu destruir o que a está destruindo. Particularmente rico em informações para os estudiosos do comércio internacional, da economia paralela, da sociologia rural, da história, da antropologia e da política externa dos oito países da Amazônia "Amarela", o texto lembrou-se de dar ao agrupamento BRICS um significativo e inédito espaço analítico. A multiplicidade temática avisando que nenhum paraíso é paraíso quando nele se vive só, instiga o leitor para o exercício da Necessidade de Proteger. Por concretizar ideias, a análise soma esperanças pelo bem viver. Nessa linha, repensa uma geografia apta para se sobrepor às desigualdades, ser pelo mundo inteiro e não só para algumas poucas partes dele.