Sob a perspectiva de um olhar historicista, Nahman Armony propõe pensar as neuroses de transferência como constituindo o fruto dominante do modelo de produção das subjetividades modernas, apresentando em contraste as subjetividades borderline no contexto da sociedade pós-moderna. Os textos que compõem este livro tornam evidente o profundo conhecimento do autor sobre campos de saber que vão da evolução das ideias filosóficas às diversas fases do capitalismo, da teoria psicanalítica à teoria sociológica, do cinema à arte. Além disso, apresenta propostas, ora explicita ora implicitamente, de uma nova clínica, novas abordagens, uma nova concepção do que seja o tratamento, suas metas, e do que seja a saúde psíquica, assim como uma concepção libertadora da contemporaneidade, do homem e de seu psiquismo.