Com surpresa (e emoção) recebi a confortável tarefa de prefaciar a mais nova obra do civilista Cristiano Chaves de Farias. Sobre o autor, Cristiano é meu colega no exercício das funções do Ministério Público e do magistério. Mais que isso, é meu amigo. A partir de agora, inclusive, estaremos juntos em uma difícil empreitada: implantar para os milhares de alunos do país uma nova forma de ensino à distância, desbravando o recém-descoberto mundo virtual. Sobre a obra, cuida-se de estudo aprofundado sobre temas atuais, polêmicos e instigadores no campo jurídico: a admissibilidade de prova ilícita no Direito das Famílias, as teses do venire contra factum proprium e supressio/surrectio no campo familiar, a derrotabilidade da regra familiarista, a perda de uma chance na relação afetiva, a guarda compartilhada em ação litigiosa e o novíssimo usucapião por abandono de lar. É sabido que em um mundo tomado pelas informações, temos a sensação de que em qualquer lugar (e momento) podemos nos inteirar das lições que necessitamos para o nosso dia a dia (de estudo ou trabalho). Ledo engano. Para quem duvida do que afirmei, esta obra prova com sabedoria (e firmeza) que estou certo. O ineditismo é a marca principal dos onze escritos que compõem o livro. Ouso afirmar que a abordagem feita pelo autor não se encontra em obra diversa. No entanto, considerando a sua importância, as palavras do Mestre, em breve, percorrerão as salas das academias e dos Tribunais. Cristiano foi além: enxergou questões consolidadas nos outros ramos ainda não exploradas no Direito Civil, em especial, no Livro de Família. Cristiano teve a coragem para orquestrar essa abordagem. Aliás, a mesma didática e objetividade das suas aulas e conferências, o Professor trasladou para a obra. Não terá o leitor, portanto, qualquer dificuldade de compreensão (apesar de, repito, o ineditismo e profundidade serem marca registrada dos temas abordados). Conceitos sintéticos, mas precisos, com desenvolvimento suave e concatenado de cada assunto: é tudo que se encontra nesse trabalho, que vai conquistar, certamente, estudantes e aplicadores do Direito. Estou certo de que esta obra terá o merecido reconhecimento de todos, pois contribui, de maneira impar, para o engrandecimento da literatura jurídica brasileira.