Escrita em 1936 por Luigi Pirandello, Os gigantes da montanha é um exemplo da potência da palavra poética do autor, ensaísta e diretor de teatro siciliano, reconhecido por uma obra que equilibra poesia e reflexão sobre arte e ciência. Inacabada, interrompida pela morte do autor - a obra possui final em aberto, permitindo diversas interpretações e contribuindo para a reflexão sobre as inúmeras possibilidades da ficção teatral. A peça narra a chegada de um grupo teatral decadente a um misterioso lugarejo isolado do restante do mundo, governado pelo mago Cotrone. A condessa Ilse, uma das atrizes principais, está obcecada pela montagem de "A fábula do filho trocado" - e o mago Cotrone convence os atores a permanecerem na vila representando apenas para si mesmos, construindo os fantasmas necessários para completar o elenco. Como a condessa exige que o espetáculo seja apreciado por uma grande público, a solução será convidar os gigantes da montanha, povo vizinho que não valoriza as atividades artísticas.