O corpo feminino é o grande personagem dos contos deste livro. A mulher diante de seus desejos e fantasias. As histórias foram feitas sob encomenda e, contrariando a vontade inicial, Clarice aceitou a tarefa por puro impulso. Tentou assinar com pseudônimo mas acabou sucumbindo ao argumento de que deveria ter liberdade para escrever o que quisesse. E foi o que fez, num único fim de semana. O livro é antes de tudo uma fresta no cárcere social que mantém a mulher supostamente distante de seus desejos e fantasias. Mas como em toda a sua obra, a autora abre espaço para falar dos sentimentos mais profundos e das idiossincrasias da alma.