Neste emocionante relato, Fábio de Melo reconstrói sua relação com a mãe, Ana Maria, falecida em 2021 aos 83 anos, vítima de complicações da Covid-19. Em uma prosa dilacerante e sincera, ele revela seus sentimentos mais profundos em diálogos sobre espiritualidade, religião, permanência, fé e amor, e também sobre a vida e seu legado. Depois que morre a minha mãe, morre também a minha obrigação de ser feliz. Com profunda sensibilidade e lirismo, A vida é cruel, Ana Maria apresenta ao leitor um depoimento franco sobre a desconstrução da mãe enquanto modelo idealizado e sobre o luto não só pela perda humana, material, mas também desta própria idealização.