A ideia de que o suicídio não se esgota em si, mas quer comunicar, confere a este ato uma dimensão social para além da sua catalogação como simples doença social e franqueia à sua análise elementos típicos do universo teatral, como cena, cenário e espectadores. Mapeando e investigando os palcos e roteiros de interrupção da vida na cidade de São Paulo, a obra desvenda os usos e a caracterização dos espaços da metrópole à espera de significados. O livro propõe uma fecunda reinterpretação contemporânea do clássico O Suicídio, de Durkheim, que apontava as normas sociais como ordenadoras ou desordenadoras da relação social com a vida.