Toda filosofia, esforço que é de reflexão, deve apoiar-se sobre a lógica. Forçoso foi, pois, principiar pela lógica. Parece difícil raciocinar sem conhecer e dominar a arte do raciocínio. Ora, essa arte não tem razão de ser senão quando prepara para o saber. Múltiplos são os objetos do conhecimento que a inteligência isola para melhor os aprender. E a maneira de abordá-los segue as regras impostas pelo que hoje chamamos de ciências. Primeiro, as ciências matemáticas, cujo rigor é tido como modelo de raciocínio. A exploração do mundo real repousa, por sua vez, sobre um método bem particular e bastante rigoroso (rigor que lhe confere sua dignidade lógica: o método experimental. Ele se aplica às ciências da matéria. Por extensão aplica-se também, com os necessário ajustes, às ciências do homem. Num tal contexto, a lógica se torna metodologia das ciências. Quem domina essa metodologia pode chegar às certezas que o ser inteligente busca para nelas encontrar satisfação e repouso.