Consegue o autor o máximo de utilidade e beleza de uma língua que é bem sua, paciente e amorosamente conquistada. A sua expressão tem um sabor especial que se revela no mais simples dos diálogos, como numa nesga de paisagem ou no recorte de um perfil físico ou psicológico. Valdemar Cavalcante "Mais de uma vez foi dito que Aurélio caçava palavras como quem caça borboletas. Creio que podemos dizer que Aurélio era também um caçador de solecismos. Carlos Drummond de Andrade depôs sobre esse trabalho silencioso de mestre Aurélio, ou seja, a paciente leitura e a revisão complacente de textos alheios [...]. É possível que esse trabalho apostolar obscuro tenha contribuído para que a obra de ficção de Aurélio tenha se restringido ao livro de contos Dois mundos, em que está o exemplar ‘O chapéu de meu Pai’." Otto Lara Resende