"A legibilidade de um acontecimento histórico tão considerável quanto complexo como a Shoah depende, em boa parte, do olhar sobre inúmeras singularidades que atravessam esse acontecimento (...)." Pensando as singularidades, Georges Didi-Huberman examina os trabalhos de Samuel Fuller, Harun Farocki e Agustí Centelles para nos mostrar que cada gesto faz aflorar as fórmulas de páthos (Warburg) e a resposta da imagem na História (Benjamin). História vista aqui como "história dos sofrimentos do mundo", com suas marcas que pertencem a uma época determinada. Daí a importância de assumir a dupla tarefa de tornar visíveis sua construção, visibilidade e legibilidade nas imagens do campo de Falkenau, do campo de Bram, e nas remontagens de certos documentos de violência política, promovendo a reconstituição da história através das imagens.