Neste livro, detetive e urbanista serão chamados a restituir a ordem da cidade e a desfazer seus imbróglios, tornando-a transparente e linear, de forma tal que nem o '' criminoso nato'' pudesse se esconder nas suas sombras e que nem suas formas fossem mais convidativas às práticas'' ilegais''. Assim o detetive convoca a uma política da aparência, enquanto que o urbanista clama por uma política urbana. Ambos os profissionais em ação, politizam a cidade, embora jamais admitam fazer política. Ambos são chamados a devolver ordem a cidade, a atualizar o sistema de dominação, a reforçar a fronteira entre os excluídos e os incluídos, e a dar legitimidade à dualidade bárbaro/civilizado. Detetive e urbanista cumprem missão preciosa, a de fazer da 'pax villae' a condição básica do pacto urbano.