Nas decisões mais triviais do cotidiano, como fazer compras no supermercado, e nas decisões mais difíceis, como iniciar ou terminar um relacionamento, temos a nítida sensação de que temos plena liberdade para determinar nossos atos. No entanto, pesquisas recentes desafiam a concepção tradicional de livre-arbítrio, mostrando que não é uma noção isenta de problemas. Somos realmente livres quando tomamos decisões impulsivas? É possível compatibilizar o conceito de liberdade com uma visão mecanicista do universo? Deve o Direito permitir que uma pessoa decida livremente sobre o momento de encerrar a própria vida? Nas últimas décadas, filósofos, juristas, neurocientistas, psicólogos e economistas vêm se debruçando sobre esses e outros problemas. Por sua complexidade, são questões que requerem um enfoque interdisciplinar. É justamente este o propósito desta obra coletiva, Livre-arbítrio: uma abordagem interdisciplinar. Reunindo capítulos que trazem perspectivas que vão da neuropsicologia à neuroeconomia, da bioética à psicanálise, e discutindo problemas como a eutanásia, a dependência química, os processos mentais inconscientes, a tomada de decisão judicial, entre outros, esta obra aborda diversos aspectos teóricos e práticos relacionados ao problema da liberdade humana. Livre-arbítrio: uma abordagem interdisciplinar fornece, assim, um panorama amplo e atualizado das investigações científicas, dos debates e das nuances desse problema milenar, essencial à compreensão que temos de nós mesmos.