Nas palavras de Fernando Py, “A Idade da Aurora é um monumento imponente de nossa atual literatura”. As personagens que habitam este livro estão ora no registro épico, ora na tonalidade intimista de uma lírica depurada. Nesse movimento, Nejar consegue ser regional e universal, simples e complexo, telúrico e oceânico, sintético e úmido. Com lucidez e alegria, seus versos ultrapassam o mundo concreto para intuir e vivenciar o invisível, onde nos eternizamos como seres fugazes.   Sumário árvore do mundo I. O sopro da execuçãoFogo de Vozes; Corporal; Claridade; Um Vento a Mais; Pelo Fio desta Agulha; Um Ramo de Fuzis; A Execução Há Séculos; Aberta como Sala; Contra a Esperança; Coisas, Coisas; Sapatos de Medo; Estreita Mão; Cada Parte do Corpo; Sob uma Bala; Rumor de Folhas; No Muro; Via-sacra; Afluentes; Sobrevida; Pátria, Pássaro; Dívida; O Giro de Viver; Inferno que se Abre; No Ombro das Coias; Povo; Alma Geral; Alguns Palmos; Cantochão; Corda e Faca; Multidão; Uma Velha Andorinha; Os Dias; A Dor é Resistência; O Tempo Seco e Pequeno; De RepenteII. fogo da consciênciaFausto; Sem o Corpo e sem a Alma; A Palavra com Dia; Mudei de não Mudar; Escurezas do Pacto; Olhos por toda Parte; Tudo se Perfaz; Aqui Ficam as Coisas; Só Conheço Deus; Minha Ciência, o UniversoO chapéu das estações Viemos pela Mão das Coisas; Inumeráveis como os Dias; De Esperança e Coração; Soberania; De Joelhos Não; Mó do Sangue; O Povo; O Sangue nos Faculta uma Esperança; Nossa Pátria; Não Somos apenas o que Existe; O Nome; Dissolução; Demasiada Loucura; A Chuva do Velho Testamento; Quem vai Podar a Morte; Podar a Primavera, Recriá-la; Com seus Favos de Guerra; Os Mortos – Eu os Vi – na Primavera; Aqui, há Terra Respirando; Trancas de Relva; O Absoluto; Apertados na Raiva da Esperança; Aventura; Detemos a Esperança pela Alça; Os Amantes; É Primavera o Sangue, o Som; Redondel; Inumeráveis: Peixes,Vagas; A Idadeum país o coração Canto I – Nas Oficinas do VentoCanto II – O meu País, outra IlíadaCanto III – BiografiaCanto IV – As Palavras Disparando. E os NúmerosCanto V – MemóriaCanto VI – América sua Sombra. ProvaçõesCanto VII – O Brasil da Alma e os OutrosCanto VIII – O tonel da palavra. O Rosto: CruzamentosCanto IX – Vozes. Escrevo AméricaCanto X – Conciliação Inconciliávellivro de gazéis Ditosas Palavras; Gazel do Universo Começando; Gazel à Nudez Pequena; Canção das Redondezas; Ao Reconhecido Espaço; Água Dormida; A um Caminho Bem-nascido; Premonitória; Gazel das Cerejas Úmidas; Gazel da Nudez Perfeita; Gazel de Amado sem Lua; Canção Piedosa das Coisas; A um Tardante Rio; Canção da Folha de Alma; Gazel da Mulher Eleita; Gazel da Alma, Gazela; Gazel para os Bois Brancos; Gazel da Vindoura Morte; Gazel do teu Paraíso; Gazel de Avistar Amada; Gazel para as tuas Aves; Gazel para as Letras Salvas; Gazel aos Olhos Solares; Gazel às Roupas na Mala; Gazel a um Cabo de Sono; Gazel do Amor Errante; Gazel para a Sílaba Sonhada; Gazel do Nome; Para o teu Corpo Liberto; A uma Guitarra Branca (Sevilha); Gazel para as Sobrancelhas; Gazel para as Gelosias; Gazel de Abrir Pensamento; Gazel a um Vaso de Falas; Gazel aos Canários Ares; Um Cavalo Bebe Sol; A um Sapato de Gaivotas; Sob a Luz Intensa; A Matéria Feliz; Para o Arco de tua Porta; Gazel aos Dóceis Lençóis; Ao Comboio de um Chamado; Aos teus Países; Gazel da Paciente Espera; Gazel para a tua Face; Gazel para as Coisas Vivas; A uma Cesta de Mar; Gazel para o Rosto, o Espelho; Gazel Fluviante; Ao Som de Guitarra e Flauta; Gazel de uma Constelação; O Artigo das Coisas Sábias; Gazel Distraído; Gazel de Vila Velha; As Cotovias Sombras; Gazel para a Implume Névoa; Casida Mínima; Gazel da Luz-criatura; Ramo de Horizonte; Gazel-moinho; Cantar de Roda; Gazel Imperfeito; Gazel à Enseada de Vitória; Gazel Suspenso; Gazel de Acordar Estrela; Casida Plúmea; Gazel da Hélice; Gazel de Elza; O Piano em Flor; Gazel das Portas; Conversa de Amor Dormirmemórias do porão legado Tear dos Ossos; Família dos Velhos Trovões; O Alfabeto do Porão; As Leis; Hierarquia; Ordem Beneditina; Os Templários; A Filiação Botânica; Invenções; A Máquina; Impostos; As Ventações; Vedações; Invenção da Liberdade; Mitologias; Violante; Morfologia; A Matemática; O Nome das Coisas; Ordem; Cristóvão e a Redondeza da Terra; Os Atados de Loucura; O Gênio; Os Refugiados; Regimes; Pedra Filosofal; A Teologia; O Cego e o Mendigo; Antimatéria; O Pólen das Idades; Energia; Os Sonhos; A Vindima; Revezamento; Um Sótão; Obscuras Esferas; O Primeiro Trem; Prodígios; O Poeta; Idioma; Zoologia; Eu Estava no Porão; Anjos e Demônios; O Céu; Um Ser; A Sombras das Coisas; Os Adeptos; Alquimistas; Frações de Eternidade; A Fresta no Porão; O Espírito e a Alma; Duendes; Metamorfose; Os Bancos; Alegria Intermitente; As Imprecisões; Nudez; Cúmplices; Objeto; O Instante; Volúpia; O Corpo; Repercussões; Ubiquidade; Guizo de Cascavel; Expedições; Os Sábios; O Rochedo (I); Inscrições (II); A Caça (III); Corredor Nenhum; A Igual Terra do Vale; Lanterna de Vocábulos; Abelhas; A Palavra Mund ; Varianças; O Tremer da Inocência; Recursos; Tribo; Jurista; Van Gogh; O Linotipista; Ciganos; A Muralha; Criação; Sésamo; O Cão Inexistente; Aduana; Os Deuses; Revoluções; Advento; Aparição; Daniel; Miguel; José; Naquela Alma; Potestade; Homo abissalis; Planos Sobrepostos; Leviatã; Zepelim; Idade da Alma; Pai; Perpétuo; Filho do Homem; Os Apóstolos; As Almas; Óvulo; Mansidão; Halley; Compensações da Luz; Nuvem Solar; O Anunciadoramar, A mais alta constelação Soltos de Imensidão; Os Dons; Percalço; A Loucura é Mãe; Minha Família; A Mesa Posta; Lâmpada Marinha; Os meus Sentidos; Sonâmbulos; Impronunciado; Proa Mergulhada; Entre os Gerânios; Aniversariamos Nuvens; Abandonei-me ao Vento; Figurantes; As Tranças de Papel; Perfil; Depuração; Humano Peso; Tartaruga; Clara Onda; Árvore que Canta; O Dia Jogado; Dilúvio; Palavras junto à Porta; A Foz e o Curso; Lenhos e Prados; Solo Natal; Este Cavalo; Caixa de Música; Não Cansa o Amor; O Peso da Terra / I; O Peso da Terra / II; Sortilégio; Intacta; Solar Equilíbrio; Amor Voando; Paris (1989); Herbário; Serões de Sentidos Plenos; Formoso é o Fogo; A Casa Memoriosa; Soltos de Imensidão; Sintaxe; Repuxos Cegos; Os Focinhos Rupestres; Dormirei de Novo; A Bicicleta; As Uvas Musicais; Poemas e Sapatos; Sineta; Artigo de Menor Aflição; Avaros; Borregos e Meses; Cabras Monteses; Monjolo; Javalis Miraculosos; Clavicórdio; Rio Encarcerado; Lentidão do Arvoredo; Vassalos; Nudez; Amar na Luz; Diamante; Escarpa; Rocinante; A um Passo; Água-furtada; Quando a Manhã Retarda; O Nevoeiro Cego; Quando; O Mais Sofrido; A Luz não se Conforma; No Imóvel Redemoinho; Cruezas da Fortuna; Soneto aos Sapatos Quietos; Colofãosonetos do paiol: ao sul da aurora 1. Avos de Abelhas2. Acesos Cogumelos3. Com os Sabiás4. A Escola, o Firmamento5. Sonâmbulas Pedras6. Soneto das Amoras7. Dos Sentidos, a Ffoz8. Tropilha de Céus9. Não Fecharão10. Sol (umbra)11. Signos e Folhas12. Badalo13. Tabor e Argos14. O Paraíso15. O Trovão-violão16. Na Tribo dos Milênios17. Um Trem18. Girassóis Vermelhos19. Do Transitivo20. Meu Bbarco21. O Sótão22. A Rede23. Bisneto Cervantino24. De Cores e Poemas25. Geórgicas de Orvalho26. O Caroço de Pêssego27. A Fantasia Temerária28. José, o Bentevi29. Adamastor30. Os Vivos31. Detrás do Muro32. A Minha Rua33. Mala de Couro34. No varal35. Não me conformo ,36. (Des)aventura37. Ancestral38. Ciclista39. Trela40. Água Descalça41. Outono42. Nem as Aves, o Sol43. O Coche dos Meses44. Milenar Jardim45. Ossos de Limo46. Sem Estrela47. Ad finemelza dos pássaros ou a ordem dos planetas I. elza dos pássarosCantata aos Pés Velozes; Cantata aos Voos (c)almos; Cantata em Rodas Plumas; Cantata das Descobertas; Cantata em Sol Menor; Cantata dos Limoeiros; Cantata Inocente; Cantata de um Só RastroII. A ordem dos planetasDeslizamos, Maduros (Concerto n.º 2 para Oboé); O Céu de Audíveis Tatos; O Relumear do Espelho 363; O Fio de Férrea Chama; Martelo de Vertentes; De Mudanças e Aparências; Rotação das Almas; Cantata para as Lentas Mãos; Concerto n.º 1 para Violino e Flauta; Ao Sul dos Olhos Velhos; Para as Coisas Felizes; O Trinco das Amoras; Terceto Fiel; Cantata pelas Formas; Cantata aos Relógios-olhos; Cantata ao Desenlace; Pela Espuma; Carretel, o Cosmos; O Galopar do Fogo; Infindável Solo (Ou a Ordem dos Planetas); O que Delego aos Pássaros; Cantata ao Pavio das Águas; Cantata em Lá Maior; Cantata do Universo; Aloendros; Colofãoaquém da infância Indícios; CanônicasVarandas; Terrorista do Método; Refugiados; Leonardo da Vinci; Milênios; Iletrados; Aro da Infância; Átomos; Cinamomos Vergados; Pavões; Burro e Águia; Olho do Cavalo; Fuzíveis; Casulo do Mundo; Egressos; Comunidade; Convidências; Nova Raça; Corvo Imóvel; Dogmas; Sob os Candieiros; Os Pósteros; Baú da Derradeira; Infância; Silênio; Geografia; Éden; Infâncias; Entre as Pálpebras; Alfabeto de Morrer; Atração; Com a Ponta do Trovão; Caracol; Didática; Língua e Paraíso; Mortos e Vivos; Baleia; Roão; Traslações da Infância; Após a Hibernação; Decurso; Infância-eternidade; Equilíbrio Dormitante; Pátrias; Sósia; Para Sempre; Marmelos Borbulhando; Gravuras e Tinas; Cordas; Inscrição de Einstein; Torpor da Gravidade; Devagar; O juízo na Infância; Carregado de Mortos; Chorava; Tear das Marés; Descer; Ecologia; Zoologia do Sonho; O Cedro das Espumas; Sopro Adormecido; Manual do Silêncio; De Nada Servem; Precursor; Candeia Miraculosa; Hac; Tochas Insaciáveis; Através de um País; Panegírico; Idiota; Autoridade; Invulnerável; Canário; Ladram; Rotação; Relatividade; Mechas Grisalhas; Sentidos-aves; Pancadas de Cio; Potável Infância; Ronco da Claridade; Mundo Findo; Vigília; Máscara ou Botânica; Instância de Voar; Fogo Atiçado; Formiga; Cântaros; Litorais de um Reino Asma Autodidata; Dom das Línguas; Rio Cego; Visão Excessiva; Não se Corrompe; Quadrantes Cavalos; Tetas da Alva; Carta dos Pombos; Indefeso; Na Garrafa; Tambor das Minas; A Memória se Aquecia; Pronúncia Vesperal; Liteira; Tambo de Chuvas; Estava Só na Morte; Não Adias; Mergulhas; Flores e Filhos; Cúmplicesvel âm pa gos haicais ou móbiles Haicaisidade da aurora: fundação do brasil (1990) – rapsódia A Idade da AuroraFuturoJoão Serafimprólogo impossível (agora posfácio) contra-capa fontes bibliográficas