"Zé Antônio sempre foi muito criativo, inventava passeios que para mim eram impensáveis, como ir fazer um piquenique no Jardim Botânico, que quase ninguém conhecia naquela época. Tomávamos vinho branco em taças de vidro, sentados em um tapete, era maravilhoso, com todo aquele verde ao redor. Passeávamos de barco pelo rio Capibaribe, tudo ele inventava. Lembro de paisagens lindas da cidade, vista do rio, e a brisa do final da tarde nos refrescando. Eu, que sempre fui medrosa, confiava nele a ponto de nem mesmo usar um colete salva-vidas. Zé Antônio me afastava do perigo de viver."