Este livro reúne um conjunto de trabalhos de autores com conhecimento e estudos na área de Psicologia Hospitalar, Psicologia da Saúde e suas formas de atuação. No início da história dos hospitais, o conhecimento que os profissionais tinham era mais sobre o doente do que sobre as doenças. Com uma progressiva obten­ção de informações, os hospitais passaram a ser o lugar para onde se encaminhavam doentes, que, pela natureza ou gravidade das doenças, necessitavam de cuidados oferecidos por pessoal e equipamentos especializados. O fato de ter de ser levado ao hospital e ser internado já implica numa ruptura do ritmo comum de vida, e o paciente que está hospitalizado fica sujeito ao domínio de uma estrutura hospitalar e ao poder de profissionais que agem, muitas vezes, ferindo a autonomia e a tomada de decisões do próprio paciente. O processo de internação pode ser sentido como uma agressão, pois a instituição reforça a condição de dependência do portador de uma doença, impondo-lhe as condições do hospital, além do que ele é separado de sua família, de seu trabalho e de seus referenciais identificatórios. Os temas abordados no livro incluem desde o processo de saúde-doença, visto que as doenças não existem sem um corpo, portanto, sempre que se trata desse assunto, é preciso falar sobre adoecimento. Pode-se afirmar que no momento em que cada um puder se apropriar da parte que lhe cabe no que se refere à saúde do seu próprio organismo, certamente dar-se-á um passo significativo para a pro­moção da saúde e o resultado do trabalho dos profissionais de saúde será mais efetivo.