As reflexões contidas na obra: EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA UNIVERSITÁRIA: até que ponto formamos docentes para o ensino superior? nos remetem a inquietações vivenciadas no decorrer da atuação profissional das autoras, através da observação das dificuldades enfrentadas por professores universitários na solução de questões simples do cotidiano da docência, geralmente originadas pela falta de conhecimentos pedagógico-didáticos em seu processo de formação. Há, atualmente, um contingente de novos professores que chegam a cada dia para o exercício da docência no Ensino Superior com pouco ou quase nenhum preparo no campo da didática. Boa parte dos novos professores, antes da carreira profissional, na área em que se formaram, constroem uma espécie de carreira acadêmica, permanecendo na Universidade por um período aproximado de dez anos. Concluem os cursos de graduação e já entram no Mestrado, Doutorado e, não raras vezes já no Pós-doutorado. Nesse sentido, é muito comum nos depararmos com candidatos a docência, ou com jovens docentes, com alta profundidade de conhecimentos teóricos e no campo da pesquisa e grandes dificuldades de fazer com que esses conhecimentos possam ser desfrutados por seus alunos. Esse livro nos coloca diante do desfaio de pensarmos a docência no Ensino Superior para além da mera transmissão, para além de conhecimentos técnicos nas áreas de formação específica, mas inserindo nesse debate a importância do diálogo, também, com relação as questões pedagógico-didáticas, fundamentais para o sucesso da docência.