Se "república" indica, como diz o próprio nome, uma instância, por isso universal e ideal do poder, nem sempre essa idealidade se desloca da existência concreta da cidade ou do organismo formado pela cabeça do rei e pela hierarquia dos membros súditos. Somente o Estado moderno ganha a invisibilidade do número. João Carlos Brum Torres traça a gênese conceitual deste Estado, mostrando como aparece na ponta de "um processo combinado de fundação da soberania, depatrimonialização e despersonalização do poder