A etnopoética, muito mais do que um simples registro de expressões orais tradicionais, é uma proposta de ampliação do que consideramos como poesia, ainda muito centrada na tradição greco-romana. Ao incluir no cânone ocidental a poesia de nativos americanos, africanos, orientais e ciganos, ao lado de nomes como William Blake e Arthur Rimbaud, a etnopoética permite que se renove a nossa própria expressão, num movimento que retoma o melhor das vanguardas. Esta antologia de ensaios de Jerome Rothenberg, idealizador da etnopoética ainda na década de 1960, é a maior já realizada no mundo, e traz uma reflexão atuante e inovadora sobre a poesia tradicional e contemporânea.