Esta obra é uma narrativa onde cada autor apresenta a sua poética e o seu jeito de narrar, em forma de palavras e pensamentos acerca da Contação de Histórias. O primeiro capítulo intitulado Pegadas, são marcas muitas vezes invisíveis, mas que traduzem, aos nossos olhos, a experiência holística do narrador. Diversos temas são abordados como a imagem do corpo onde são articulados a psicomotricidade e o exercício reflexivo do corpo como linguagem. Jogos teatrais e o porquê o teatro voltou a contar histórias são apresentados com brilhante reflexão que convida o leitor a pensar sobre a narrativa e o teatro. O corpo da linguagem mostra a importância das resenhas na formação de repertório do contador de histórias. Continuando na trilha desta deliciosa obra encontramos uma abordagem ético-antropológica para a narrativa que nos convida a uma viagem da antiguidade à contemporaneidade. Da antropologia à psicologia nos remete ao o Era uma vez... e como se constituíram as distinções entre histórias para crianças e histórias para adultos. Ao pé do fogo... coloca-nos em contato com o fenômeno do fogo e suas múltiplas simbologias míticas no ato de ouvir e contar histórias. Fechando esta preciosa obra, encontramos histórias que se constituem em um método de trabalho e memórias deliciosas dividas com o leitor na forma de fábulas. Os autores desejam que os leitores desfrutem deste ato delicioso de partilha de saberes como princípio a diversão no ato de ler.Os estudos sobre a sexualidade na historiografia brasileira tiveram um desenvolvimento relativamente tardio, podendo ser tomada como divisor de águas e como uma espécie de retomada desses estudos a coletânea intitulada História e sexualidade no Brasil, organizada por Ronaldo Vainfas em 1986. A partir daí foi efetuada uma série de estudos por historiadores como Margareth Rago, Mary Del Priore, Luciano Figueiredo, Luis Mott e o próprio Vainfas, entre outros, que abarcaram e esmiuçaram o campo temático da sexualidade brasileira.