Antigamente para tornar-se pajé, o índio Guarani tinha que conhecer as palavras mágicas, a sabedoria oculta que somente os tamãi (sábios antigos) dominavam e eram encarregados de transmitir. Depois de uma reflexão profunda sobre os ensinamentos é que o iniciado passava ao aprendizado das técnicas, ou ritos especiais, para então especializar-se na medicina da alma. Em meados do século passado, parte desses ensinamentos foi revelada à civilização não-indígena por autorização de um grande sábio sonhador, Pablo Werá, com a finalidade de semear o coração do estrangeiro, segundo a profeta dos Jeguaka Tenondé do início do século XX. Agora, em pleno século XXI, as palavras sagradas dos antigos desta terra ressurgem como uma lição ao mesmo tempo surpreendente e atualíssima, já que ao lembrar-nos a interdependência entre o Homem, a Mãe Terra, o Universo e o Grande Mistério Criador base do aprendizado dos antigos curadores -, elas encontram ressonância na ciência e na espiritualidade dos [...]