"Humana, demasiado humana" conta a história de Lou Andreas-Salomé, autora que estabelecia em seus textos, numa época em que pouco era permitido às mulheres, o estreito vínculo entre o erotismo e a criação. Lou nasceu em uma abastada família russa, na São Petesburgo de 1861 e sempre viveu à frente do seu tempo. Propôs a Paul Rée, o marido e a Nietzsche, o homem que se apaixonou por ela, que vivessem sob o mesmo teto como uma "Santíssima Trindade". O livro de Luzilá Gonçalves Ferreira mostra, acima de tudo, a natureza profundamente criadora de alguém que tinha na palavra vida a melhor explicação para seu modo de ser e para quem amor era sinônimo de libertação.