Há quem ache que o avanço dos componentes tecnológicos cresce na razão inversa da inteligência das pessoas: quanto mais sofisticados os aparelhos, menos inteligentes ficamos. Que essas máquinas se tornaram objetos-fetiche, capazes de emitir continuamente desejos, capturar o inconsciente das pessoas conectadas e enviar a elas impulsos que as fazem reagir o tempo todo a ordens imperativas. Pode ser. Entretanto, o mundo da cibercultura tem também seu fascínio: são as redes sociais que reconectam pessoas e movimentos, os chats que possibilitam uma neguentropia contra a overdose informativa, novos relacionamentos são criados, os motores de busca para a pesquisa, as sensações que hoje se realizam mais no imediato do que na mediação. O presente trabalho propõe uma reflexão sobre a cibercultura e os caminhos entre a técnica e o homem, quais os próximos passos a seguir desse controle por parte do homem diante do mundo e das transformações no cotidiano e no pensamento. A tarefa do livro é pensar o lado "miserável" da comunicação na cibercultura inserida nas relações sociais e no processo de inclusão do mundo digital nos estudos comunicacionais.