Marcelo Maghidman investiga a natureza da linguagem como meio de criação do mundo na Cabalá, um veio da mística judaica. Constrói um enfrentamento entre a visão convencionalista – segundo a qual o homem teria criado a linguagem em seus variados idiomas (aqui apresentada a partir do diálogo Crátilo, de Platão, e da obra De Magistro, de Agostinho de Hipona) –, em oposição a uma visão essencialista/naturalista, cuja principal característica é a defesa de uma linguagem que cria e sustenta o mundo, uma vez que as palavras dão existência a cada objeto (defendida pelo Sêfer Yetsirá).