Resultado da tradição oral dos primeiros crentes da era cristã, os apócrifos tornaram-se importantes documentos reveladores do modo como vivia e pensava uma grande parcela da cristandade, cuja voz ficou abafada pela Igreja Oficial. Produzidos para satisfazer as curiosidades populares a respeito da infância de Jesus e de seus pais, bem como estabelecer as raízes da nova religião, tais escritos revelam, por um lado, as idiossioncrasias do pensamento e das práticas judaicas que marcaram a origem do cristianismo, e por outro, refletem a cultura gentílica com a qual o Cristianismo passou a lidar cotidianamente em seu processo de expansão. A publicação dos proscritos da Bíblia converte-se em uma nova contribuição para os interessados em aprofundar os estudos das Sagradas