Era uma vez um menino que via o mundo de forma particular. Ele vestia o palhaço de rei, cetro e coroa e mudava o rumo das histórias. Fazia canteiros de flores nas nuvens e enchia as ruas de carneiros, macacos, elefantes, tigres e bodes. Dormia quando os outros acordavam. Acendia fogo com água de rio e guardava redemoinhos no bolso. Sua vida parecia um poema. O menino do avesso se fez do avesso do avesso. Ele não gostava de fábricas que fumam pássaros e nem de gente que engole bom-dia. Para conhecer esse menino, há que pegar uma linha do novelo do coração e se aventurar nos sonhos de quem sabe amar.