Duas molas movem estas páginas: sofrimento e esperança. Porém, não será a esperança, em suma, um sofrimento, havendo, portanto, apenas um elemento a mover este livro? Ou, se for o contrário: não será o sofrimento, em si mesmo, uma esperança?... Seja o que for, por dois fatores ou um só, este livro é movido. E ao mover-se ele me leva. Ou melhor: ele me arrasta a uma conclusão: estamos fadados a ser nós mesmos. E não é uma condenação. E, talvez, só o que devamos fazer, é não perder a ciência de que seremos, para nós mesmos, sempre lumes solitários. Só(i)s, pois.