Com a palavra alma a teologia cristã pensou, conjuntamente, a identidade do homem e o seu destino último. Pode subsistir esse modelo antropológico diante das descobertas das neurociências, que reduz toda função espiritual à "mente"? Um reducionismo naturalista que representa o desafio do qual parte este livro para repensar a função e o significado do conceito de alma. Um repensamento da tradição nas suas múltiplas vozes, que se torna revisitação da clássica antítese da escatologia cristã: imortalidade da alma ou ressurreição dos corpos? A hipótese é que este conceito possa, ainda hoje, explicar a relação do homem consigo, com os outros e com Deus.