O presente estudo traz à discussão a relevância da celebração de pactos de cooperabilidade para reger as relações decorrentes do matrimônio e da união estável, notadamente no que se refere às questões extrapatrimoniais, como meio de prevenção ou de resolução adequada dos conflitos. O tratamento personalizado das questões familiares, em um ambiente livre para o diálogo aberto, propício para a expressão e a reflexão das reais emoções, viabiliza uma nova forma de se enfrentarem contrastes e demandas inerentes às relações familiares, diversa das formas tradicionais como normalmente essas questões são apreciadas. Esse autorregramento da vontade pelos casais é um caminho natural de privatização do direito de família percorrido pela sociedade, que demonstra, além de uma busca pela superação das dificuldades decorrentes do abarrotamento do Judiciário, o amadurecimento do ser humano [...]