A pesquisa que culminou no livro Direito e Memória nasceu da constatação de que a relação entre o direito e a temporalidade não havia sido objeto de uma investigação profunda até o advento do pós-positivismo na teoria jurídica. A partir da análise das teorias de François Ost e de Ronald Dworkin, o livro sugere que é possível se falar na existência de uma memória no interior do saber jurídico e que a compreensão do direito a partir da referência à estrutura da memória proporciona uma relação equilibrada à dialética entre tempo e direito.