Além de um estilo único, caracterizado pelo humanismo e pela fidalguia, Carlos prestou inestimáveis serviços ao país e à sua jurisprudência. Foi sob a sua presidência, por exemplo, que teve início o julgamento da Ação Penal 470, fato que exigiu grande persistência e determinação, à vista das resistências existentes. Foi ali que teve início o processo lento, árduo e inacabado de enfrentamento da criminalidade de colarinho branco no Brasil, sobretudo quando associada à atividade política. Carlos Ayres Britto foi, também, relator e autor de votos decisivos em casos difíceis e de alta repercussão social, tais como os que envolveram decisões sobre pesquisas com células-tronco embrionárias, proibição do nepotismo e o reconhecimento das uniões homoafetivas.