Luiz Morvan tem maestria no trato com o regionalismo, um contato íntimo com o folclore Rio-grandense. Os mitos Rio-grandenses são tratados com primoroso cuidado e respeito, fidelidade e ao mesmo tempo, com a simplicidade dos diálogos que, de tão naturais, existiram. Nossas lendas tão caras ao sentimento gaúcho que carregam mitos admiráveis, aparecem com profundo sentimento regional. Foi assim que usou a intertextualidade como resgate das formas de expressão literária dos nossos personagens maiores tanto na ficção como na história. Abordando temas inusitados que muitas vezes tomam o leitor de surpresa no retrato de personagens que lhes são caros, como o caso de Getúlio Vargas, abordado pelo Tuquinha quando escrevia a derradeira Carta Testamento. Foi arrojado o escritor por tocar nesse mito nacional. A satisfação do leitor diante da expectativa do desenrolar do diálogo é imensa.