Elas viveram a revolução Na Rússia czarista do início do século XX, as camponesas eram praticamente escravas. Uma delas descreveu sua vida assim: A mulher é vista como uma besta de carga, trabalha toda a vida para seu marido e sua família, suporta violências e todo o tipo de humilhações, mas não importa, não tem para onde ir, está acorrentada ao casamento. Nas cidades a situação não era muito melhor: as operárias trabalhavam por até 14 horas por dia, sete dias por semana, sem licença maternidade. Como consequência, dois terços dos bebês das trabalhadoras fabris morriam no primeiro ano de vida. Assim, pode-se entender por que a promessa de uma mudança radical, que virasse o mundo de cabeça pra baixo, levou tantas mulheres a participarem da fundação do partido bolchevique. Este livro conta a história de algumas dessas mulheres, que lideraram greves, pegaram em armas, enfrentaram a prisão, a tortura, o exílio e a morte. [...]