Esta obra, determinante no debate abolicionista nos anos anteriores à Guerra Civil ( 1861-65), é o relato mais vívido, minucioso e rico do dia a dia nas plantações de algodão no Sul dos EUA. Lançada em 15/07/1853, em meados de dois anos vendeu expressivas 30 mil cópias, sendo reeditada várias vezes no século XIX. Oscar, Globo de Ouro e Bafta de melhor filme ( 2014 ), entre os mais de 30 prêmios ganhos em vários festivais, são o reconhecimento de que 12 anos de escravidão é o relato verídico mais contundente levado às telas nas últimas décadas. SOLOMON NORTHUP, cidadão nova-iorquino, violinista, letrado, casado e pai de três filhos, depois de ser ludibriado por dois homens brancos, é sequestrado e conduzido a Nova Orleans. Destituído de seu nome próprio e dos documentos que provam ser ele um homem livre, foi vendido como escravo e passou a trabalhar em fazendas de algodão. Antes de reconquistar a liberdade, Northup enfrentará agonizantes sessões de açoites e conhecerá os vários instrumentos de tortura aplicados " em sua propriedade" por senhores entediados. Este relato é uma profunda reflexão sobre a execrável "máquina da escravidão" e foi essencial na campanha abolicionista estadunidense.