Colônia britânica desde 1843, Hong Kong tornou-se ao longo dos anos o paraíso das negociatas, do contrabando e da prostituição, uma cidade cosmopolita onde a civilização oriental permanecia adormecida sob uma camada de verniz ocidental. A devolução do protetorado à potência asiática traz à tona as diferenças culturais entre essas duas civilizações, e expõe a precariedade da situação daqueles que ali viveram e estabeleceram seus negócios. Neste romance, Neville Hubert é um inglês de 43 anos que morou a vida toda em Hong Kong e tornou-se, às vésperas da devolução do protetorado à China, o único dono de uma fábrica têxtil criada no início dos anos 50. Ingênuo e sem experiência em negociações complexas, é então vítima das maquinações de um alto oficial chinês disfarçado de homem de negócios.