Em Virtude, o autor cria uma história forte e dinâmica, personagens conflitantes e verossímeis, porém, tanto a história quanto seus personagens, são meros instrumentos para discussões filosóficas, onde tudo é levado em consideração na formação da personalidade. O autor ainda faz questão de explicitar quais foram suas influências para Virtude, ao transcrever, muitas vezes in verbis, trechos de obras de outros escritores, como Drummond, Graciliano Ramos, Bertolt Brecht, Nietzsche, Dostoievski e Kafka. A leitura de Virtude propiciará ao leitor não apenas um contato com um estilo contemporâneo, com uma narrativa forte e dinâmica, e com personagens vivos, mas principalmente, proporá ao leitor discussões maiores, muitas vezes complexas demais à primeira vista. Virtude não é um livro apenas para ser lido, é uma experiência à ser vivida.