A saga de Aurora, de muitas Auroras - que ainda no dia de hoje não têm acesso à leitura e à escrita -, comove e inspira Nilma Lacerda a fazê-la personagem deste livro. Na segunda parte do romance, a autora apresenta uma espécie de metaliteratura, em que discute o processo de produção textual, em delicada relação com a escrita. A superposição temporal na narrativa - ilustrada com maestria por Rui de Oliveira - permite surpreender o leitor até o final da história.