Nesta obra publicada em 1901 Eça já se mostra afastado das concepções da literatura Realista-Naturalista. Aqui ele tematiza o retorno às fontes tradicionais. A tônica aponta para os limites do progresso e suas conseqüências em relação ao homem. O personagem principal, Jacinto, inicialmente ardoroso cultuador do progresso, instala-se em Paris, a capital civilizada da Europa. Porém, o tédio o corrói e a vida confortável e civilizada se mostra ineficaz para a solução dos problemas fundamentais do ser humano. Seu retorno a Portugal e a suas origens o leva a Tormes, onde a vida rural, pacata e tranqüila o faz encontrar a paz de espírito desejada.