Acredito ser uma contribuição que a abordagem psicanalítica pode oferecer a uma reflexão sobre a cultura atual, falar em direito à morte, o que se torna evidente nas questões postas pelo luto e pela melancolia. Do ponto de vista da gênese do humano, é uma falácia reivindicar o direito à vida, já que ela se impõe como dádiva do outro, o outro materno da ocasião. A cria do homem, se não for cuidada, alimentada e higienizada, fede, apodrece e morre. A imagem, nada agradável se projetada esteticamente, é fundamental para o entendimento da gênese da linguagem e a destrutividade que caracteriza o humano.