Artistas impedidos de manifestarem seu apoio político espontâneo a pré-candidato durante festival de música. Aulas com temática eleitoral e reuniões de natureza política proibidas em universidades públicas. Candidatos impedidos de denunciar casos de corrupção. Jornais impedidos de circular pela polícia. Todos esses exemplos parecem fazer parte de um passado autoritário que já teria ficado para trás. Mas não. São episódios que marcaram recentes eleições brasileiras. Este livro pretende demonstrar que o direito eleitoral brasileiro não confere à liberdade de expressão a sua devida importância. Apesar das múltiplas minirreformas, essa disciplina ainda reflete uma cultura autoritária, paternalista e elitista. Busca-se, então, realizar a constitucionalização do direito eleitoral, por meio da releitura das regras sobre propaganda política, acesso aos meios de comunicação e financiamento de campanhas à luz da liberdade de expressão. [...]