Biografia ou hagiografia de Rimbaud? Nenhuma das alternativas. Pierre Michon, estilista e poeta da prosa, apresenta um jogo vertiginoso de possibilidades sobre um poeta impossível: Arthur Rimbaud. O leitor é tragado pela sedução da linguagem e pela convulsão de imagens semeadas como iluminações em páginas nunca vazias. Com Rimbaud, o filho, a Editora Sulina, já acostumada a lançar extraordinários malditos, abre a coleção Filhos de Rimbaud. Numa perspectiva radical, os textos buscam a ruptura, o limite, o corte, a grande viagem, sem utopias requentadas nem moralismo consolador. Ninguém melhor do que Michon, leitor de um outro Rimbaud, além do mito e aquém da história, para inaugurar uma série destinada aos errantes.