Pela primeira vez no Brasil, o trabalho da misteriosa e ousada quadrinista Kuniko Tsurita.Numa época em que as artistas mulheres eram minoria até nos gibis dirigidos ao público feminino, surgiu Kuniko Tsurita quebrando regras, rompendo tabus e tornando-se a primeira mulher a publicar regularmente na legendária Garo, a revista que liderou os mangás de vanguarda no Japão. Tsurita não apenas foi aquela que melhor retratou a cena underground do Japão dos anos 1960, mas também uma pioneira que, por exemplo, ousou a retratar amores explicitamente lésbicos.Misturando influências da literatura francesa (Sade, Jean Genet, Le Clésio, Céline, Camus...) com outras das artes plásticas (Dürer, Käthe Kollwitz, Aubrey Beardsley, Goya...) e o psicodelismo de artistas como Tadanori Yokoo e Aquira Uno, os quadrinhos de Tsurita são de tirar o fôlego, impressionantes em sua ousadia e beleza.