sociedade democrática. Especialmente como instrumento de prevenção da violência por meio da comunicação construtiva e da restauração instrumental, permanente, dos vínculos afetivos comunitários, familiares, corporativos, ambientais e internacionais. Uma forte evolução vem ocorrendo nos campos da conciliação, da mediação e das práticas restaurativas em geral. A destacar a tomada de consciência, pelo Poder Judiciário, capitaneado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de que as alterações nos vários processos judiciais não produziram os resultados esperados, pois o grande obstáculo não é substancialmente técnico, mas cultural. As campanhas pela conciliação e as resoluções que determinaram a criação de centros ou centrais de conciliação e mediação judicial estão fazendo a diferença, a despeito das resistências conservadoras. Esta nova edição examina tais questões e amplia o sentido teórico-prático do livro. Uma obra focada na mediação deve ter como proposta central o aprendizado do como fazer e o descortino prospectivo das mudanças a caminho. Esperar que o Poder Judiciário consiga pacificar todos os conflitos que lhe são submetidos à apreciação é uma grande quimera, evidenciando a importância das intituladas formas alternativas de solução das controvérsias, com destaque para a mediação, a arbitragem e outras técnicas semelhantes, ou com o mesmo propósito. Misael Montenegro Filho.