J.Habermas exprime sua compreensão da situação histórica nova com a ideia de que está em formação uma "sociedade mundial", globalizada, porque os sistemas de comunicação e de mercado produziram uma conexão global. A globalização cindiu o mundo e ao mesmo tempo, o obriga, enquanto comunidade de risco, a uma ação cooperativa. Que tipo de sociedade nova é está que constitui o desafio fundamental de uma reflexão ético-política em nossos dias? É possível definir uma ética para a sociedade-mundo e uma teoria de direitos iguais e universais? O ponto de convergência entre o comunitarismo e a reação do liberalismo às suas teses é precisamente a tese historicista e relativista da dependência cultural das normas morais fundamentais. Esta posição pode ser considerada representativa das orientações hegemônicas do pensamento contemporâneo e levanta para a filosofia um grande dilema, com o qual este livro pretende confrontar-se.