Esta história termina na boca de uma pessoa, mas começa num pequeno vilarejo mais ou menos coberto de neve, onde um punhado de batatas raladas, cebolas picadas, ovos batidos e uma pitada ou duas de sal nascem na forma de um bolinho frito, degustado no feriado judaico de Chanucá, chamado latke. Agora só falta saber por que ele não parava de gritar. Todo ano, mais ou menos na mesma época em que boa parte humanidade está às voltas com o Natal, os judeus celebram uma data igualmente muito especial: Chanucá, ou a "festa das luzes". Entre a música, a comida e a bebida típicas, está o latke, um bolinho de batata frito indispensável nessa comemoração e personagem principal deste livro. Depois de ser moldado junto com um monte de batata e cebola picadas, o latke é jogado na frigideira de óleo e - como faria qualquer outro bolinho que pudesse falar - começa a berrar. A partir daí, depois de pular para fora da panela, a história do Chanucá é contada por ele - que mesmo assim não para de gritar - aos personagens natalinos que encontra pelo caminho: as luzinhas, o doce de bengala e o pinheiro, até que uma família esfomeada o acha e...