Depois de treze romances e três livros de não-ficção, o célebre escritor americano Kurt Vonnegut abre o coração aos leitores. É um coração de muita vitalidade e humor, apesar das disritmias que, ao longo de mais de 70 anos, o acelerou à beira da explosão e o levou também a quase parar de uma vez, depois de uma overdose de pílulas com álcool em 1984. Um coração que não se cansa de pensar o mundo e seu futuro com o olhar apocalíptico, corrosivo e satírico. “Destinos piores que a morte” é uma coletânea de conferências e ensaios realizados na década de 80 pelo escritor, contemporâneo de Norman Mailer, Gore Vidal, Sartre e Camus. O livro traz também novas reflexões e, sobretudo, revelações pessoais de intensidade estarrecedora. Jamais Kurt Vonnegut concedeu tamanha intimidade aos leitores. Aqui ele fala de vivências especialmente secretas como o suicídio da mãe, a morte por câncer da primeira mulher, fala da mulher atual, Jill, da filha Lily, de oito anos, da sua própria tentativa de suicídio. Emoções guardadas em anos de silêncio.