livro de Emmanuel Alloa é uma tentativa de armar um jogo com as questões histórico-filosó­ficas para uma análise crítica da imagem e sua relação com o corpo; menos em sua totalidade do que em suas nuances fragmentárias: o olho, o rosto, a perna. O primeiro ensaio intitulado Corpos estra­nhos. Fragmentos de uma teoria do intruso mostra-nos, a partir das imagens de Peter Paul Rubens e Fra Angelico, uma teoria do implante/enxerto no corpo como operação da ordem do intruso. Fica a pergunta: afinal, quem é esse estranho que invade o corpo enfermo, através de uma violenta intrusão e, requer do próprio cor­po, incondicional hospitalidade? O segundo texto, permeia a feno­menologia da percepção proposta por Merleau-Ponty e sua relação com o olhar na imagem ser possuído, arrebatado por ela, ou como o próprio Merleau-Ponty anuncia sobre o quiasma dos olhares: simultaneamente tomar e ser-tomada, assim como a pintura de Vermeer