Este livro faz um percurso histórico de noventa anos de gestão da cultura no Brasil, de 1920 a 2010, e reflete a inconstância de nossa ação cultural e de nossas instituições culturais - algumas até bastante sólidas - em cinco setores: cinema, livro, museus, música e teatro. Um levantamento minucioso foi realizado pelos autores junto a fontes como ANCINE, FGV, Fundação João Pinheiro, IBGE, MinC, Receita Federal e TCU - o que resultou em cruzamentos de informações e elaboração de tabelas a partir de dados que normalmente se encontram dispersos, dificultando a mensuração e a consequente base para a formulação de políticas de investimento, tanto públicas como particulares, ou seja, para uma Economia da Cultura. Grupo de Pesquisa (junto ao CNPq) "Gestão e Marketing na Cultura. O professor Luiz Estevam Lopes Gonçalves captou a principal característica do livro: é um inventário. E essa é sempre a primeira etapa da contabilidade. Contabilmente, nada se analisa sem levantamento do que, de fato, existe. Muitos dão opiniões, mas poucos demonstram os porquês. A cultura, por ser muito lúdica, precisa do pragmatismo da contabilidade e da economia para não se perder só em marketing. Sem a formalização dos agentes e uma contabilidade confiável, o setor cultural continuará a ser vítima de práticas amadoras e intermitentes, não gerando políticas públicas ou privadas que, perenes, deem a solidez que a criatividade e a produção do artista brasileiro merecem. Lusia Angelete Ferreira. Ora, se existe um mercado cultural, um mercado de arte, uma economia da cultura, é clara a existência de um marketing cultural - o qual precisa ser dominado por aqueles que, segundo Lena Frias, são verdadeiramente produtores culturais: os artistas. As empresas - veículos, agências e anunciantes - dominaram o processo, e, como promotoras e patrocinadoras, têm tirado muito mais proveito das nossas frágeis políticas culturais baseadas em incentivos fiscais do que os artistas e o público [...]