Os estudos em ecologia de morcegos sofreram nos últimos anos um notável avanço. Um dos motivos talvez seja o fato de que são um dos grupos de mamíferos mais diversificados do Brasil. Outras possíveis razões são as descobertas de que são controladores de insetos, o que resulta, também, em redução do uso de agrotóxicos, e os dispersores de sementes mais importantes entre todos os mamíferos. Neste livro encontram-se capítulos sobre as técnicas utilizadas para a amostragem de morcegos em dossel florestal, o efeito de borda sobre a riqueza e a diversidade de espécies em fragmentos florestais, a atividade padrão horária e sazonal de diferentes filostomídeos, a utilização de plantas por frugívoros e as espécies registradas em parques nas áreas urbanas do Brasil. Além destes, levantamentos em diferentes regiões do Brasil reúnem dados sobre morcegos em unidades de conservação, sobre riqueza e diversidade em variações altitudinais e em ambientes distintos em uma mesma área de estudos. Uma sociedade consciente deveria levar a cabo uma conservação sem preconceitos, que não incluísse somente animais de agrado público. Os morcegos estão ameaçados por inseticidas, pelos desmatamentos e por falsas lendas a seu respeito. Isso não lhes assegura um futuro promissor e é lastimável porque entre eles estão alguns dos vertebrados terrestres mais interessantes e de grande importância na natureza.