Nesta longa reflexão filosófica e estética sobre a noção de paisagem, Cauquelin mostra de que maneira a paisagem foi idealizada e reproduzida como o equivalente da natureza, para inaugurar uma prática pictórica que acabou por influenciar nossas categorias cognitivas e espaciais. Ao detectar os sinais que se apresentam sob a idéia de paisagem - a preocupação ecológica, as abordagens distintas da natureza, do real e de sua imagem no mundo contemporâneo -, a autora sugere uma nova forma de pensar a arte e o homem ante as transformações tecnológicas e perceptivas que introduzem outra maneira de perceber o fenômeno artístico. Contudo, "a virada - tecnológica -, longe de destruir o 'valor paisagem', ajuda, inversamente, a demonstrar seu estatuto (...) a tecnologia põe a paisagem a salvo de um retorno a uma natureza da qual ela, a paisagem, seria o equivalente exato."Nesta longa reflexão filosófica e estética sobre a noção de paisagem, Cauquelin mostra de que maneira a paisagem foi idealizada e reproduzida como o equivalente da natureza, para inaugurar uma prática pictórica que acabou por influenciar nossas categorias cognitivas e espaciais. Ao detectar os sinais que se apresentam sob a idéia de paisagem – a preocupação ecológica, as abordagens distintas da natureza, do real e de sua imagem no mundo contemporâneo –, a autora sugere uma nova forma de pensar a arte e o homem ante as transformações tecnológicas e perceptivas que introduzem outra maneira de perceber o fenômeno artístico. Contudo, "a virada – tecnológica –, longe de destruir o 'valor paisagem', ajuda, inversamente, a demonstrar seu estatuto (...) a tecnologia põe a paisagem a salvo de um retorno a uma natureza da qual ela, a paisagem, seria o equivalente exato."